terça-feira, 19 de abril de 2011

Entrevista para o Jornal Literário O Carijó

Não sei se vocês já ouviram falar do Jornal Literário O Carijó. Mas, então, ele é uma espécie de jornal sobre literatura e já está na sua segunda edição, a qual eu dei uma entrevista.
Confiram e para quem quiser o blog do jornal é este: caroscarijos.blogspot.com

1. Como despertou seu interesse pela literatura?
Desde pequena minha mãe sempre me influenciou, como também no colégio davam muito apoio para a literatura. Não foi fácil aprender a ler- confesso- as freiras “pegavam no meu pé” e muito (risos). Porém quando aprendi parece que foi amor à primeira vista e hoje, não vivo sem livros. Em suma, meus pais e o colégio que foram o alicerce para este meu vício.

2. Você já afirmou que seus autores favoritos são Talita Rebouças e Cláudia Felício, nomes que não tem a projeção dos grandes da literatura brasileira, como Machado de Assis e José de Alencar. O que há na obras desses autores que te chamou a atenção?
Também adoro as obras de escritores clássicos, em especial A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo, que é meu livro favorito. Nunca precisei que a professora desse para leitura esses clássicos, e quando dava ou dá eu leio novamente. Mas Thalita Rebouças, Meg Cabot, Dan Brown, entre outros escritores são os ídolos da literatura modernista, tanto infanto-juvenil como ficção. Ao contrário dos clássicos, você quando lê uma obra desses autores sente que está no seu mundo, o mundo de hoje. Além de que eles escrevem assuntos polêmicos e que são do nosso cotidiano. Para aqueles que não gostam muito de literatura clássica, é muito mais fácil ler autores que vivem o nosso dia a dia. E tenho em mente que eles um dia vão ser considerados clássicos...

3. O que motiva você a escrever?
Imaginação e o gosto pela literatura. Adoro ficar escutando música e nesses momentos é que mais tenho ideias que antes só ficavam na minha mente. Acho o escritor uma pessoa magnética e perspicaz, apesar de eu ter muito que aprender. O gosto de minha mãe pela literatura e a língua portuguesa também sustenta minha motivação pela escrita.

4. De onde surgiu a ideia do livro que você escreveu "Garota em Sonho"?
É um tipo de diário de adolescente?

Em uma tarde de agosto de 2009 veio do nada a ideia de uma garota que não gostava de política e que se apaixona por um filho de prefeito. Achei engraçado porque eu até gosto de política, mas poderia dar uma ideia boa, então comecei a escrever e vieram mais e mais ideias. No começo não sabia onde iria chegar e só contei à minha mãe. Mas o livro foi ficando sério e surgindo outras ideias... Em relação ao diário poderia se dizer que é o diário da Sophie, que é a personagem principal, no entanto ela não escreve para o “meu querido diário”, apenas conta a história, é a narradora. Além de a história ser voltada para adolescentes, logo são modos e jeitos de adolescentes.

5. Você já pensa num segundo livro? Pode falar alguma coisa sobre a obra?
Estou escrevendo o segundo livro dessa série. Continuação das aventuras e intrigas da Sophie, entretanto neste livro ela está um pouco mais madura e se depara com novas revelações, não sobre a personalidade dela e de sua família, como ocorreu no primeiro livro, mas de acontecimentos super relevantes e que eram mantidos em segredo.

6. O que você que precisa para que haja outras "Helenas" no Brasil, ou
seja, jovens tão interessados em literatura?

Acho que a literatura não está totalmente voltada para livros hoje em dia. Um jovem que só lê o resumo do livro para depois fazer uma prova, não vai se sentar e ler um livro de 200 páginas por vontade própria ou comprar um com seu dinheiro. Ele prefere ficar lendo blogs, e-mail... E é aí que o papel da tecnologia entra. A comodidade está ao redor e diminuir os preços dos livros, influenciar jovens à leitura, mas não por obrigação, é fundamental. Fazer com que os jovens leiam o que eles gostem do modo que eles se sentem melhor é que irá transformar os interesses deles, aos poucos, mas vai.

7.Esse teu gosto pela literatura e a repercussão do livro mudou em alguma coisa a tua forma de ver as coisas?
Em partes, sim. Penso que ao publicar o livro-algo que poucos sabiam- muitas pessoas mudaram o modo de me tratar, às vezes para melhor e outras vezes para pior. Já tinha algo em mente sobre a vida, mas depois do livro pronto ficou bem mais claro que a vida não é só o casulo dos pais e que este um dia se quebra e você tem que enfrentar os desafios de cabeça erguida. Enfim, acho que fiquei um pouco madura e com uma cabeça mais aberta para o que está acontecendo ao meu redor.

8.E a relação dos teus colegas contigo?
A relação dos meus colegas, como já disse, mudou um pouco, tanto para melhor quanto para pior... Ou ficou na mesma(risos). Enquanto uns estão me dando todo o apoio, confiando mais em mim, outros estão me apunhalando por trás de qualquer forma. Mas são coisas da vida. Temos que aprender a viver de todos e com todos os jeitos.

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