terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lembranças

Esses dias eu tive um sonho

De que inventei uma máquina do tempo

Onde as lembranças eram soltas ao vento.

Das andadas nos meios fios

Às decidas de bicicleta pelos morros á dentro

Sem medo! Sem nada!

As caídas das árvores

Coitada! Mamãe ficava tão preocupada

Mesmo sabendo quando tudo estava normal.

Os brinquedos jogados ao chão, que saudades!

Ali se montava casas pequenas e histórias serenas.

As brincadeiras naquela grama imensa, cheia de casinhas.

Que folia! Parecia que tudo era perfeito,

Mal eu sabia que havia muitos mals feitos.

O medo das freiras compreensíveis,

As orações e os cantos antes do sinal.

Que engraçado! Elas não me permitiam passar de ano

Por não despertar a leitura no meu cotidiano!

As lutas de quem pegava a mão daquela pessoa que nos ensinava

Com uma arte mental.

E como não falar

Das horas que se passaram fazendo roupas de Barbie

Com uma amiga eterna.

E outra... Que saudade!

Os banhos de piscina na sacada com aquela

Em que também se tomava chimarrão.

Até que veio o caminhão...

O medo da avó e o uso da humilde oficina do nosso herói.

As tardes de verão vendo a BR e catando feijão no chão.

Voltando da praia correndo, as brigas á mesa.

Tratar as galinhas era uma beleza!

Mas o ganso, certa vez, comeu meu anel de letra.

Mas quem ia sentar no banco da frente?

A sorte que tenho é que meu coração ainda lembra.

E apesar de chorar de saudade

Ainda sinto a emoção e vejo toda a verdade!

Helena Liebl

Outubro/2011

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