A dança do mar.
Posso não ser poeta
Mas sinto a harmonia do mar com sua brisa
E às vezes faço uma poesia.
Posso não ser um marinheiro
Mas não sei viver sem aquela velha história
De que o mar é meu lar.
E meu coração irá dilacerar sem o seu luar.
Não há nada que ultrapasse uma bela tarde
Um belo momento em que eu fico a escutar
O som das gaivotas voando sobre o mar
E quando vejo as ondas se formarem
Percebo que desperdiço o meu tempo
Com tudo aquilo que me faz chorar
Olho para o horizonte e penso
Como seria bom se sereias existissem.
E simultaneamente lembro-me de pessoas inclementes.
Embevecida, penso que não damos valor para as coisas mais simples.
As que estão bem ao nosso lado
As que só nos fazem sorrir ao seu abraço.
Um nascer do sol, uma manhã sentada na areia.
E vendo a dança do mar.
Vivos ou mortos continuarão no seu lugar.
Lavando as lágrimas de quem vem lhe visitar.
Helena Liebl
12/08/11